segunda-feira, janeiro 30, 2006

O PAPA LIBERAL?

PAPEL ESCONDIDO COM A PONTA DE FORA

("Clicar" na imagem para ampliar)

-ZPA-

sexta-feira, janeiro 27, 2006

PALESTINA E DEMOCRACIA

Depois da vitória do Hamas nas eleições palestinianas há que dizer que, por muito que ganhem eleições, os terroristas não se tornam democratas.
É bom que todos tenham memória e saibam mantêr a firmeza contra aqueles que só usam a democracia como máscara.
Nenhuma democracia avança se o terrorismo não parar.
-JA-

HERE I AM

Não, não é uma música do Bryan Adams (toda a gente sabe que não sei postar músicas). É uma declaração de regresso. Estou de volta à minha família blogosferica. Depois de muitas mudanças e experiências, só quero dizer que é bom voltar...
-JA-

O MONSTRO

Miguel Cadilhe, com esta entrevista, relança o debate sobre o Estado e a sua reforma. Salienta negativamente o seu tamanho e o problema “seríssimo de competitividade” que caracteriza a sua acção.

Sempre me atraiu a ideia do “Estado Pequeno”. A forma como Estado está organizado tem uma inegável influência sobre a cidadania, sobre o cumprimento da vontade geral. Tem uma enorme influência na sua eficácia, na nossa liberdade, no nosso futuro. Negar isto é como varrer uma sala empurrando o lixo para debaixo do tapete que um dia, necessariamente, terá que ser levantado.

O crescente alongamento do “laço Estatal” na economia, naquilo que é social e nas suas funções e objectivos tem debilitado a sua acção. Sinto-me mesmo obrigado a dizer que o tamanho do Estado é inversamente proporcional à eficiência da sua acção.

O “Estado Grande” tem diversos limites: a administração penosa e distante a curta, média e longas distâncias; a estrutura pesada, onerosa e indisciplinada em todas as suas instâncias; a ausência, por incapacidade, de controlo, avaliação e cooperação.

Assim, é para mim evidente que o Estado tem inevitavelmente que deixar de ser “empreendedor” e assumir, no máximo, as suas funções de regulador. Tem que diminuir a sua intervenção directa na sociedade, adjudicando todas as actividades que, pela sua natureza, podem e devem ser realizadas pela iniciativa privada. O Estado será assim o indutor, articulador, catalizador, orientador e controlador dessas actividades ao lado, logicamente, das suas responsabilidades directas quanto às iniciativas de carácter social. Já não será pouco!

O “Estado Pequeno” será forte, ágil, e facilmente penetrado pela verificação social.

Se a ideia é “vender os anéis para ficarmos com os dedos”, confesso que não me sinto nada chocado por esta entrevista, muito pelo contrário.
-ZPA-

AINDA NA GRANDE TELA

Private the Penguin: Skipper. Shouldn't we tell them that the boat is out of gas?

Skipper the Penguin: Nah! Just smile and wave, boys. Smile and wave.



-MB-

MÁ PUBLICIDADE (NA AUTOEUROPA)

Se queres vender um carro, não ponhas o Primeiro-ministro sentado nele…
Se queres que o carro ande, afasta-o do Ministro da Economia…

-ZPA-

ESCLARECIMENTO

O comentário que produzi sobre este post - citado aqui e aqui -,como decerto foi apreendido pelo visado e, portanto, pelos demais comentadores de serviço, tinha apenas que ver com o facto de o mesmo post ter sido objecto de uma reedição notável, em pouco menos de uma hora.
Com efeito, na sua versão original (que por acaso também pode ser encontrada aqui), o Autor, incluindo uma citação que não me atribuiu, mas que retirou de uma troca de correspondência pessoal a que teve acesso, lamentava, com ironia, a soberania a legitimidade de uma votação que, pelos vistos, ainda não digeriu.
Com subtileza - ou melhor, com delicadeza - , chamei "corajosa" à mudança de opinião que a dita reedição acabou por expressar: em vez do que lá estava, passou a estar o que lá está (e que, de resto, além de mais íntegro, é bem mais sensato).
Por razões mais do que evidentes, não comentei a substância do post em causa: sou subscritora do badalado comunicado, co-responsável por ele e não podia estar mais convencida da sua razoabilidade.
-FCP-

quinta-feira, janeiro 26, 2006

MATCH POINT


Um pequeno “Crimes e Escapadelas”. O confronto entre o amor e a luxúria. Um drama sobre ambição e obsessão. Sobre a sorte e o papel dela na nossa vida.

Com leit-motiv (“There are moments in a match when the ball hits the top of the net and for a split second it can either go forward or fall back. With a little luck, it goes forward and you win…or maybe it doesn’t, and you lose.”) e com Londres em versão “real estate porn”.

Com a nova “Woody Girl” Scarlett Johansson (que depois de se “passear” ingenuamente por Tóquio, aparece mais insinuante que nunca em Londes), com um fantástico Jonathan Rhys Meyers e com muito Allen a gritar “I’d rather be lucky than good”.

A não perder…
-ZPA-

COPYCAT



Quando a agenda de alguém se faz do contraste apenas pelo contraste, é triste. E é pouco. É mesmo muito pouco.

-MB-

A VITÓRIA DO ÓDIO

A mais que provável vitória do Hamas nas eleições palestinas é aquilo a que usualmente se chama “um balde de água fria” para toda a comunidade internacional. A maior parte das sondagens apontavam para este desfecho. Mas ninguém a previa tão avassaladora.

Esta vitória é especialmente preocupante para a Europa e para os Estados Unidos da América, esperançados que a gradual incorporação do Hamas no “jogo político” afastasse esta organização das armas, das bombas e do terror. As recentes declarações dos seus dirigentes desvendam exactamente a opção contrária: a opção é pela confrontação, pelo ódio, pela guerra.

O colapso institucional, a bancarrota e a anarquia militar a que o Fatah conduziu a Autoridade Palestina “ajudou” a esta vitória: votar Fatah significava mais do mesmo; votar Hamas significava, para os palestinos, a mudança (as palavras de ordem do Hamas, nestas eleições, eram “Mudança e Reforma”), alicerçada na poderosa rede de caridade, graças à qual conseguiram cobrir boa parte das necessidades de uma população cada vez mais empobrecida, cada vez mais dependente.

O Hamas (que significa “Fervor”) tem à sua frente um grande desafio: abandonar as armas e ocupar as cadeiras que democraticamente conquistou no parlamento palestino. Os inúmeros atentados perpetrados pelas Brigadas Iz ad-Din al-Qassam, o braço armado deste partido, são, no entanto, um horrível cartão de visita que me faz esperar o pior.
-ZPA-

terça-feira, janeiro 24, 2006

BEING ZPA SENTADO NA MARGEM DA RIA DE AVEIRO


A tartufice com que tem sido comentada a recente nomeação da FCP fez-me rememorar que um peixe, mesmo que pareça um ouriço, é sempre um peixe. E morre pela boca…
Nota (séria): Podem até trasladar textos do “E depois do adeus…” e escolher o “autor” que mais vos parecer conveniente (como aqui) que não exigirei nenhum teste de paternidade … Mas percebam de uma vez por todas que não é a chapinhar que se fazem ondas.
-ZPA-

segunda-feira, janeiro 23, 2006

DAY AFTER VI

Jerónimo vale mais que o PCP. Louçã vale menos que o BE.

-ZPA-

DAY AFTER V

O atropelo foi da responsabilidade do Secretário-geral do Partido Socialista. O desmentido (que Sócrates se viu obrigado a fazer) saiu do gabinete do Primeiro-ministro. Alegre ganhou ao Secretário-geral do PS e ao Primeiro-ministro de Portugal. É obra!
-ZPA-

DAY AFTER IV

O atropelo de Sócrates a Alegre ou foi má fé ou amadorismo.

-ZPA-

DAY AFTER III

Na noite eleitoral, graças ao atropelo de Sócrates, Manuel Alegre transformou o seu bom resultado num excelente resultado eleitoral.

-ZPA-

DAY AFTER II

Nas urnas, Manuel Alegre obteve um bom resultado.

-ZPA-

DAY AFTER I

Só, Cavaco Silva ganhou.

-ZPA-

sexta-feira, janeiro 20, 2006

“O MUNCH DE BOLIQUEIME” OU “VOU FAZER DE PEIXE PARA NÃO RESPONDER AO SANTANA”
















-ZPA-

E PORQUE HOJE É O ÚLTIMO DIA DE CAMPANHA ELEITORAL…

Gostava que houvesse um candidato que defendesse uma profunda reforma do Estado em forma de lipoaspiração. Mas não há.

Gostava que houvesse um candidato que assumisse que o controlo do Estado sobre a economia tem que acabar, porque isso limita profundamente a indispensável liberdade política. Mas não há.

Gostava que houvesse um candidato que “investigasse” a má gestão, o desperdício e a indisciplina do Estado com profunda e verdadeira objecção de princípio. Mas não há.

Gostava que houvesse um candidato que analisasse a folha de impostos das famílias portuguesas e sentisse um sufocante peso nos ombros (tal como as famílias sentem), daqueles que nos enterram até à cabeça. Mas não há.

Gostava que houvesse um candidato que visse nas empresas o motor do desenvolvimento, na política fiscal a gasolina de que o motor precisa e na iniciativa privada o caminho do progresso. Mas não há.

Gostava que houvesse um candidato que não contemplasse a lei laboral que temos e ficasse satisfeito, não sentindo o travão que esta lei “ainda” é para o desenvolvimento do País. Mas não há.

Gostava que houvesse um candidato que colocasse a Constituição Portuguesa numa prateleira de museu, que percebesse que esta Constituição é factor de atraso, é do passado, é má herança. Mas não há.

Gostava que houvesse um candidato que olhasse para o lado e visse o mundo. Mas não há.

Gostava que houvesse um candidato que, acima de tudo, acreditasse na liberdade individual e nos direitos humanos, em sociedades e economias abertas e na cooperação global. Mas não há.

Gostava de não ter que me sujeitar, no próximo domingo, ao “mal menor”. Mas tenho!
-ZPA-

quarta-feira, janeiro 18, 2006

DESCULPA (ESFARRAPADA)

Parece que, segundo José Sócrates, Mário Soares não foi o porta-voz do Ministro da Defesa. Limitou-se a transmitir a posição do Governo sobre a possibilidade de privatizar os Estaleiros de Viana do Castelo.

Quem pensar que um "porta-voz" transmite, publicita ou esclarece qual a posição do Governo sobre determinado assunto, ou é louco, ou é tonto.

-ZPA-

terça-feira, janeiro 17, 2006

AFINAL, ELE NÃO É CANDIDATO PRESIDENCIAL…

Prevejo que estes SOS's (vulgo SMS's) ainda vão sair caros.
Nota: segundo fontes próximas da candidatura, a substituição do “Que” pelo “K” e a linguagem utilizada são inspiradas na “modernidade contagiante” da mandatária da juventude do Dr. Soares, que ajudou a escrever o SOS (vulgo SMS) porque o porta-voz candidato perdeu os óculos na recente visita às Caves da Murganheira.
-ZPA-

segunda-feira, janeiro 16, 2006

BEING ZPA NA "BET AND WIN"

Nem é preciso ter um “amigo mosca”… Basta olhar para o caderno de encargos (que parece ter sido feito por Don Pina Moura): aposto as fichas todas em como a empresa vencedora do concurso das eólicas será a... Iberdrola.
-ZPA-

SOBRE O TGV


1. A rede de alta velocidade ferroviária tem sido um projecto quase consensual. Isso não impediu que o actual Governo tenha revisto este projecto. O novo projecto mantém a ambição de construir cinco novas linhas (quatro ibéricas) mas só fixa datas para as duas linhas consideradas prioritárias: Lisboa/Porto em 2015 e Lisboa/Madrid em 2013.

2. Segundo o Governo, o investimento neste projecto será de cerca de 8.3 mil milhões de euros. (TGV+3ª travessia sobre o Tejo).

3. No TGV, onde a exploração é muito importante para a rentabilização do avultado investimento, importa analisar com especial atenção o percurso e a sua capacidade de gerar externalidades positivas. A prioridade que era dada pelo anterior Governo ao percurso Lisboa/Porto/Vigo visava exactamente retirar da inserção territorial das linhas a sua maior rentabilidade. Favorecia uma ligação moderna e em velocidade elevada dos dois pólos mais importantes da fachada atlântica e promovia a coesão da zona onde se localizam a maioria da população e a maioria da actividade económica. A ligação transversal a Madrid era pensada em função da linha Lisboa/Porto/Vigo e da sua capacidade de gerar fluxos de passageiros e mercadorias. O principal instrumento de afirmação da competitividade de Portugal está na criação de um dinâmico “aglomerado urbano” (Lisboa/Porto e, tão cedo quanto possível, Setúbal/Braga). Para sermos competitivos à escala europeia temos que pôr os 7,5 milhões de pessoas deste “aglomerado urbano” a trabalhar conjuntamente. O TGV e o tempo por ele poupado têm que ser aproveitados produtivamente, como alavanca de progresso económico.

4. Os números divulgados permitem concluir que com o sistema em “T” deitado, o tráfego conjunto de Lisboa e Porto para Madrid sustentariam melhor a viabilidade da ligação à capital espanhola. O sistema em “L” agora apresentado levanta algumas dúvidas em relação à cobertura dos custos de exploração pelas receitas. Estas dúvidas ganham importância quando sabemos que há directivas europeias que impedem as ajudas do Estado ao transporte de longo curso (caso Sabena é exemplo). A pior decisão que se podia tomar é a de se construir uma infra-estrutura caríssima e depois não a poder aguentar.

5. A linha que se pretende construir entre Lisboa e Porto, em bitola europeia, terá um espaço canal totalmente novo. No entanto, é ainda desconhecida a forma como os comboios vão entrar nas duas cidades.

6. Relativamente à entrada em Lisboa, existem duas opções possíveis: uma pela margem esquerda do Tejo (a leste do rio) e outra pela margem direita (oeste do rio). Foi decidida a construção de uma 3ª travessia, para mercadorias e passageiros, rodo-ferroviária, sobre o rio Tejo, ligando o Barreiro a Lisboa. Esta ligação deverá possuir quatro vias: duas em bitola europeia e outras duas em bitola ibérica. Esta ligação resolverá diversos problemas: ligação para o Norte, Algarve, Alentejo, Espanha e uma nova via de suburbanos para a margem sul.

7. Para a 3ª travessia sobre o Tejo, entre Chelas e o Barreiro, (Rave diz que esta localização é inevitável) existem também duas opções: início na margem sul, junto ao terminal Fluvial do Barreiro, acabando em Chelas-Olaias, em linha recto, ou início no mesmo ponte e final na Gare do Oriente (ponte vista de cima faria um “S”).

8. Tendo em vista a ligação à Ota, a 1ª opção (Barreiro/Chelas-Olaias) implicaria a construção de um túnel de vários quilómetros, que passaria por baixo da Portela, circulando depois através de mais algumas dezenas de quilómetros de túneis e viadutos com pilares de alturas muito elevadas. O custo seria de vários milhares de milhões de euros, o que levará por certo ao abandono desta opção.

9. O grande problema da 2ª opção (Barreiro/Gare do Oriente) é a questão dos pendentes da ponte (uma vez que esta também será para mercadorias), levando a que a “descida” para a Gare do Oriente se inicie a uma distância muito elevada. A única justificação para a escolha desta estranha opção, que certamente iria desfigurar o estuário do Tejo, é servir a Ota, que se encontra a norte de Lisboa, e de a ligar aos portos de Setúbal e Sines, através das vias de bitola ibérica, uma vez que a Rave decidiu que a linha de bitola europeia Lisboa/Porto apenas seria para passageiros.

10. A opção pela construção de uma ponte com quatro vias, duas de bitola ibérica e duas de bitola europeia, é questionável porque a tendência é para o desaparecimento das linhas de bitola ibérica e Portugal pretende migrar todo o seu sistema ferroviário para bitola europeia. A utilização de bitolas telescópicas (já suficientemente desenvolvidas) resolveria a situação.

11. A indefinição relativamente a algumas das parcelas mais caras do projecto, como as entradas em Lisboa e no Porto, a localização das estações e a sua articulação com a rede convencional, bem como a forma como vão ser lançados os concursos e como vai ser desenhado o modelo de financiamento são, objectivamente um problema, quer para a avaliação do projecto em si mesmo, quer para a necessária captação de investimento privado. Os privados não sabem ainda “com que linhas se vão coser neste negócio”, onde serão chamados a intervir, quando e de que forma.

12. O sistema de partilha do risco e a possibilidade do modelo de financiamento do projecto de alta velocidade prever uma carga incomportável de desorçamentação, poderá transformar este projecto num caso parecido com o que está a ocorrer com as SCUT.

13. O impacto que o comboio de alta velocidade terá no transporte aéreo será de 30%, isto é, prevê-se que quase um terço dos passageiros dos aeroportos nacionais poderá vir a optar pelo TGV, em vez do avião, principalmente nas deslocações entre Lisboa e Madrid e entre Lisboa e o Porto.

14. O projecto de Alta Velocidade foi elaborado ao contrário: condicionou-se o desenho da rede de AV e VE à localização do aeroporto.
-ZPA-

BEING ZPA NA PT…

Não percebo a confusão à volta do “envelope 9”… Se pago a conta desses telefones, quero saber para onde andam a ligar.

Alguém sabe qual é o nº do “Apoio a Clientes” da PT?

-ZPA-

PUBLICIDADE INSTITUCIONAL

Desamparei, durante algum tempo, o “E Depois do Adeus”. Deixei-o descansar!

Apesar das mais diversas conjecturas, algumas dignas das melhores teorias da conspiração, não houve, nem há, razão explicativa para este desleixe. Foi apenas uma necessidade igual a todas, sem nenhuma lei, daquelas que pode ser argumento para os tiranos e credo para os oprimidos.
Vou voltando…

-ZPA-