A VITÓRIA DO ÓDIO
A mais que provável vitória do Hamas nas eleições palestinas é aquilo a que usualmente se chama “um balde de água fria” para toda a comunidade internacional. A maior parte das sondagens apontavam para este desfecho. Mas ninguém a previa tão avassaladora.
Esta vitória é especialmente preocupante para a Europa e para os Estados Unidos da América, esperançados que a gradual incorporação do Hamas no “jogo político” afastasse esta organização das armas, das bombas e do terror. As recentes declarações dos seus dirigentes desvendam exactamente a opção contrária: a opção é pela confrontação, pelo ódio, pela guerra.
O colapso institucional, a bancarrota e a anarquia militar a que o Fatah conduziu a Autoridade Palestina “ajudou” a esta vitória: votar Fatah significava mais do mesmo; votar Hamas significava, para os palestinos, a mudança (as palavras de ordem do Hamas, nestas eleições, eram “Mudança e Reforma”), alicerçada na poderosa rede de caridade, graças à qual conseguiram cobrir boa parte das necessidades de uma população cada vez mais empobrecida, cada vez mais dependente.
O Hamas (que significa “Fervor”) tem à sua frente um grande desafio: abandonar as armas e ocupar as cadeiras que democraticamente conquistou no parlamento palestino. Os inúmeros atentados perpetrados pelas Brigadas Iz ad-Din al-Qassam, o braço armado deste partido, são, no entanto, um horrível cartão de visita que me faz esperar o pior.
Esta vitória é especialmente preocupante para a Europa e para os Estados Unidos da América, esperançados que a gradual incorporação do Hamas no “jogo político” afastasse esta organização das armas, das bombas e do terror. As recentes declarações dos seus dirigentes desvendam exactamente a opção contrária: a opção é pela confrontação, pelo ódio, pela guerra.
O colapso institucional, a bancarrota e a anarquia militar a que o Fatah conduziu a Autoridade Palestina “ajudou” a esta vitória: votar Fatah significava mais do mesmo; votar Hamas significava, para os palestinos, a mudança (as palavras de ordem do Hamas, nestas eleições, eram “Mudança e Reforma”), alicerçada na poderosa rede de caridade, graças à qual conseguiram cobrir boa parte das necessidades de uma população cada vez mais empobrecida, cada vez mais dependente.
O Hamas (que significa “Fervor”) tem à sua frente um grande desafio: abandonar as armas e ocupar as cadeiras que democraticamente conquistou no parlamento palestino. Os inúmeros atentados perpetrados pelas Brigadas Iz ad-Din al-Qassam, o braço armado deste partido, são, no entanto, um horrível cartão de visita que me faz esperar o pior.
-ZPA-
2 Comments:
Caro Zé Pedro,
Esta provável vitória do Hamas nas eleições na Palestina obriga sobretudo a pensar/repensar a estratégia no Médio Oriente.
Toda aquela região está um autêntico "barril de pólvora" prestes a explodir.
É necessária muita contenção, capacidade de negociação e, acima de tudo,pensar um verdadeiro processo de Paz, com o apoio de um leque alargado de países.
Cenas dos próximos capitulos...
Miguel Soares
Aaquela região continua o mesmo barril de polvora que sempre foi, ás vezes começo a achar que é o destino e há pouco a fazer!
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