terça-feira, junho 21, 2005

FURA GREVES

Venho por este meio (e interrompendo de forma algo abrupta a minha jornada de luta) esclarecer que este meu protesto silencioso tem como motivação um mero problema logístico de gestão do tempo, e não nenhuma motivação laboral mais substancial.
Quanto à greve dos professores, telegraficamente, penso o seguinte:
- A utilização dos exames nacionais, que por natureza têm enorme importância no futuro dos alunos e envolvem sempre uma certa carga dramática, como forma de pressão sob qualquer Governo, parece-me absolutamente inaceitável;
- A experiência tem-me ensinado que, para cada questão jurídica, há sempre duas (no mínimo) respostas possíveis. É o eterno problema dos pareceres discordantes e divergências doutrinais para os quais o direito português parece ter uma irresistível atracção;
- Se fosse um Governo de um partido à direita do PS a tomar esta medida teríamos em Portugal uma interminável discussão (de cuja legitimidade suponho que ninguém duvidará) não sobre a sua legalidade, mas sobre a sua constitucionalidade e sobre os atentados aos direitos dos trabalhadores e ao Estado de Direito Democrático.
-CM-

1 Comments:

Blogger Bart Simpson said...

Sobre o primeiro ponto tenho algumas reservas, sobre os dois restantes absolutamente de acordo.

7:00 da tarde  

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