A ÉTICA
Decidiu A Bola, na semana do Grande Derby, não publicar, até Sábado, todas as afirmações, venham de onde vierem, “que de forma directa e declarada optem por expressões, atitudes ou comportamentos que apelem à violência, ao desrespeito por princípios éticos desportivos ou à dúvida infundada sobre a integridade moral e cívica de qualquer cidadão.”
Mas o editorial da Bola vai mais longe e diz “ não seremos veículos da violência verbal, da suspeição, da manipulação de todos os que entendem que tudo vale para atingir os fins…”.
A Bola tem estatuto para o fazer, e espero sinceramente que não fique apenas por esta semana e que o passe a fazer sempre.
Aliás, seria interessante que alguns órgãos de comunicação social nacional olhassem para este exemplo de A Bola e o pusessem em prática. Isto porque assistimos uma vez mais, nas últimas horas, a um julgamento na Praça Pública. É certo que a nossa Praça é grande, do tamanho deste país à beira mar plantado, mas há limites, como o da presunção da inocência até prova em contrário.
Depois temos outros interesses, não percebemos quais, mas são aqueles que avisam os jornalistas, devidamente seleccionados, de que “daqui a pouco podem ir a tal sítio que vão ter umas imagens interessantes”. Obviamente que estes interesses apenas dão uma versão dos factos a qual é, normalmente, a que mais lhes convém.
Nem interessa depois se os visados estão inocentes porque, na lenta marcha da justiça portuguesa, haja ou não processo, ou nem é notícia, ou já não tem honras de abertura de Jornal da Noite ou de primeira página.
Acima de tudo, é preciso ter ética e relatar apenas os factos, não fazer leituras. Para essas, existem os comentadores do politicamente correcto. E desta forma evita-se a “ manipulação de todos os que entendem que tudo vale para atingir os fins…”.
-AB-
Mas o editorial da Bola vai mais longe e diz “ não seremos veículos da violência verbal, da suspeição, da manipulação de todos os que entendem que tudo vale para atingir os fins…”.
A Bola tem estatuto para o fazer, e espero sinceramente que não fique apenas por esta semana e que o passe a fazer sempre.
Aliás, seria interessante que alguns órgãos de comunicação social nacional olhassem para este exemplo de A Bola e o pusessem em prática. Isto porque assistimos uma vez mais, nas últimas horas, a um julgamento na Praça Pública. É certo que a nossa Praça é grande, do tamanho deste país à beira mar plantado, mas há limites, como o da presunção da inocência até prova em contrário.
Depois temos outros interesses, não percebemos quais, mas são aqueles que avisam os jornalistas, devidamente seleccionados, de que “daqui a pouco podem ir a tal sítio que vão ter umas imagens interessantes”. Obviamente que estes interesses apenas dão uma versão dos factos a qual é, normalmente, a que mais lhes convém.
Nem interessa depois se os visados estão inocentes porque, na lenta marcha da justiça portuguesa, haja ou não processo, ou nem é notícia, ou já não tem honras de abertura de Jornal da Noite ou de primeira página.
Acima de tudo, é preciso ter ética e relatar apenas os factos, não fazer leituras. Para essas, existem os comentadores do politicamente correcto. E desta forma evita-se a “ manipulação de todos os que entendem que tudo vale para atingir os fins…”.
-AB-
1 Comments:
Parece-me uma boa decisão. Um exemplo a seguir por outros meios de comunicação social que não têm esta "sensibilidade".
Miguel Soares
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