quarta-feira, junho 29, 2005

DESTRUNFAR

Neste “post” insurgi-me contra a assunção de toda a problemática do aborto apenas como arma de arremesso político da esquerda contra a direita (e vice-versa).

De passagem, apelidei os participantes “normais” na discussão da IVG de fanáticos.
Mera constatação de facto… Senão vejamos:

- Não admitir o recurso ao aborto mesmo em caso de violação, mal formações graves do embrião e risco de vida da mãe, como algumas vezes por ai vemos, é fanatismo.

- “Matar uma criança no seio materno ainda é mais violento do que matar uma menina aos cinco anos” – a comparação feita pelo padre Domingos Oliveira durante a missa de 7.º dia de Vanessa Pereira, a criança alegadamente maltratada até à morte pelo pai e pela avó paterna, é fanatismo.

- O argumento “o corpo é meu, faço com ele o que quiser”, é fanatismo.

- Dizer que “a despenalização vai encher lixeiras de bebes mortos”, como fez em tempos reitor do santuário de Fátima, é fanatismo.

- Invadir as galerias da AR e insultar os deputados é fanatismo.

- Não querer discutir quando é que cientificamente começa a vida (questão magna para o “sim” e para o “não”), é fanatismo.

- O “Barco do Aborto” e todo o circo montado à sua volta, foi fanatismo

- A redução de problemas tão complexos como o da IVG a uma redutora escolha entre um qualquer “sim” e um qualquer “não”, é fanatismo.

- Abreviar a discussão do aborto apenas a uma questão religiosa ou moral, é fanatismo.

Muitos outros exemplos haveria…

O meu amigo JA, neste “post”, pergunta se também ele, rapaz com posição clara sobre a matéria, é fanático.

A resposta é não. O João e muitos outros são excepção… pena não serem regra.

-ZPA-

2 Comments:

Blogger E depois do adeus... said...

Bonita Cantiga ao Desafio! Mesmo a modos destes meses de Romaias que aí vêm!

-MB-

6:23 da tarde  
Blogger No Quinto said...

É bem Zé Pedro. Onde é que assino?
FA

11:48 da manhã  

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