segunda-feira, maio 02, 2005

MEDO, AO VIVO E A CORES...

Houve mais um atentado terrorista em Bagdad, elevando para mais de 130 o número de mortos desde a tomada de posse do novo governo iraquiano.

Mete medo o mundo…

Talvez tenha sido sempre assim…
Talvez o mundo tenha sempre sido um lugar de difíceis equilíbrios e de horrores diários.

A vantagem, se é que de uma vantagem se trata (eu acho claramente que não), era que as pessoas não estavam informadas, e olhos que não vêm, coração que não sente. Pode até ser esta a explicação para que os pobres inocentes só se dessem realmente conta do perigo quando o tinham mesmo debaixo dos seus inócuos narizes. Desgraçados!

Hoje o terror, a dor e o horror chegam-nos a casa quase ao mesmo tempo a que estão a ser produzidos. É o “just-in-time” da realidade, a total eliminação da dispendiosa gestão dos “stocks”.
É produzido, é consumido… sem edição de imagens, corantes ou conservantes.

Dizem, ou vendem, que esta instantaneidade nos fez mais insensíveis à dor alheia.
Não sei, mas sinceramente não me parece.

Sinto que muitas vezes, que quase todas as vezes, tem muito a ver com uma questão de resistência individual: tens que te esquecer para sobreviver.

-ZPA-