O ESTADO A QUE CHEGAMOS
Hoje é aprovado o Orçamento Rectificativo. Hoje não é, portanto, um bom dia para o País.
Penso que o mais grave não está nas sucessivas rectificações ao Rectificativo, nas inúmeras trapalhadas que se sucederam a uma velocidade alucinante, nem sequer no aumento de impostos em si mesmo.
O mais grave é a concepção de Estado que preside a este Orçamento. Um Estado que se propõe alcançar a consolidação das finanças públicas através do aumento da receita, e não da diminuição da despesa. Um Estado que aposta no investimento público, enquanto asfixia o investimento privado com cargas fiscais insuportáveis e burocracias impraticáveis. Um Estado que disfarça o desemprego provocado pelo aniquilamento da economia privada, com obras públicas faraónicas.
É o Estado a que, infelizmente, chegamos.
-CM-
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