ARRASTADOS PARA O CAOS
Falando de coisas mais sérias, acho notável que a oposição, entre funerais e subvenções vitalícias, não tenha arranjado um tempinho para perguntar ao Senhor Costa como é que num país com 10 milhões de habitantes, na sua maioria de tez clara, é possível montar um assalto com 500 participantes, com evidentes características fisicas distintivas, sem que ninguém dê conta. 500 pessoas que, decerto, falaram uns com os outros, se organizaram e que, com certeza, tinham um plano.
Apesar de ainda não estar esclarecido a que horas foi avisada a PSP da existência de um bando a desembarcar na linha e de, portanto, não ser possível avaliar o seu tempo de reeacção, parece-me que nos devíamos concentrar na revelada incapacidade do Estado para prevenir a criminalidade organizada. Para que servem os serviços secretos? Onde param as brigadas de prevenção da Judiciária? Já alguém se lembrou da vulnerabilidade que demonstrámos este fim-de-semana? Como somos o alvo perfeito para um ataque terrorista? Quantas células da Al-Qaeda haverá na Europa com 500 pessoas?
De resto, este não é apenas um problema de segurança. É também um sinal sobre o desconforto que as colónias imigrantes sentem em Portugal. O que ressuscitou de imediato o fantasma racista sobre a abertura das fronteiras.
Seja como for, há que apurar responsabilidades, tratar de prevenir arrastões semelhantes e já agora, montar uma política de imigração que permita ao Estado português saber quem cá está. Para que só estejam aqueles que têm condições mínimas de integração. Ou isso ou o caos.
-FCP-
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