JORNALISMO DE ARRASTO
Imperdível, a reportagem feita pela militante do BE, ex-dirigente sindical, e ao que dizem bocas pequenas "jornalista no desemprego", Diana Andringa. Ver aqui o video.
Tema gasto, analisado à exaustão, debatido com e sem seriedade (ler aqui Ana Drago em mais uma das suas pérolas), sobre o qual muito pouco terá ficado por dizer. No entanto este "trabalho" da jornalista do BE, merece 3 breves comentários e uma nota prévia.
Nota prévia: Não é o facto de a srª estar, ao que consta, desempregada que belisca a credibilidade deste seu trabalho. Não é o facto de a srª ser militante do BE que periga a sua isenção enquanto profissional, e não é por ter desempenhado funções de dirigente sindical que está pior habilitada para trabalhar o tema.
Assim:
Ponto 1 - A peça jornalística aparenta ser pouco mais do que o que lá está. Percebo pouco de manipulações na edição de peças jornalísticas. Registo apenas o momento a partir do qual passamos a ouvir a voz da jornalista. Não é inocente. Não me parece objectivo.
Ponto 2 - Não foram 400, não foram 500. Foi um arrufo de namorados que descambou em pânico generalizado, valente traulitada e 30 carteiristas de improviso. Inverosímel. Concorre com a guerra dos mundos e a célebre edição radiofónica de Orson Wells. Concedamos que por absurdo é esta a verdade. Em 2005, num país da UE, com uma economia muito apoiada no turismo, ter 30 pessoas a espalhar o pânico numa praia e a levar o que lhes aparece à frente, não configura um preocupante incidente de criminalidade em grupo?
Ponto 3 - O mais preocupante nesta entrevista não é, de longe, o entrevistador. É o entrevistado. Em que qualidade foi esta jornalista recebida pelo comandante distrital da PSP? Como é possível que este senhor tenha emitido um comunicado baseado em boatos - a investigação policial em Portugal resvalou oficialmente para a emissão de comunicados oficiais baseados em boatos? Como é possível que este senhor tenha desmentido esse primeiro comunicado passadas apenas umas horas (antes do telejornal, de acordo com a peça) e não se tenha feito ouvir? Como é possível que o Ministro da Administração Interna, em face da confusão gerada não tenha feito uma declaração ao país, fintando o crivo editorial de quem vende desgraça às 8 da noite? Como é possível que o dito comandante assuma a responsabilidade pela precipitação na emissão de um comunicado incendiário, sem colocar o seu lugar à disposição? Como se admite que o mesmo comissario afirme que o crime em Portugal diminui acentudamente, quando dias depois o ministério da justiça afirma o contrário?
A páginas tantas o sr. diz-nos que aprendeu alguam coisa - terá aprendido que para a próxima vai verificar os boatos. Este senhor é só o responsável pelo comando distrital da PSP, no distrito capital de Portugal. Para este senhor não deveria haver lugar para uma próxima vez. Se ele se propõe a enfrentar essa próxima vez, não resta ao Sr. Ministro da Administração Interna outra solução que não dispensá-lo desse pesado fardo.
PS: O país arde como nunca. O Ministro da Administração Interna está a banhos. A oposição, pelos vistos também.
-MB-
1 Comments:
Olha eu é q n estou a banhos e estou a arder de fartura de aturar cromos...Bah!!!
E os pretos divertem-se na Zona J...
Aquele abraço da Zona Franca
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