quinta-feira, novembro 24, 2005

TENTAÇÕES

A Joana Amaral Dias é do meu tempo de Coimbra.

1ª tentação: dizer publicamente que a JAD é de Coimbra. (será que ela se lembra? Será que isso interessa a alguém? Será que os cartazes da campanha do Sá Fernandes sabiam disso?)

A Joana Amaral Dias já era uma rapariga bonita no meu tempo de Coimbra.

2ª tentação: confessar que ainda hoje acho (eu e milhões de portugueses) a JAD interessante.

A JAD tem um percurso muito interessante do ponto de vista político.

3ª tentação: lembrar que a JAD já foi MONÁRQUICA. Mas isso já foi há muitos anos atrás. (Quem é que agora se vai interessar por isso? Isso agora não interessa nada, embora possa explicar algum fascínio por um qualquer “rei momo” e pode ter interesse do ponto de vista científico: que bela tese de Doutoramento sobre a evolução comportamental...)


O Dr. Soares nunca foi monárquico. Mas então porque insiste em tentar que a sua dinastia ainda mande qualquer coisinha?

4ª e última tentação: Um pedido - Abdique Dr. Soares!

-GLX-

ORA BOLAS...

LIFE GOES ON

Vem isto tudo a propósito das últimas semanas do (meu) silêncio no nosso blog (terão sido meses?!).
Fui dos que estive ausente não por não ter nada a dizer mas simplesmente porque, ou tive trabalho em excesso (longe de um pc) ou não quis juntar a minha opinião a algumas discussões.
Entre outras razões: excesso de pudor; falta de paciência; falta de inspiração.
Alguns temas não eram fáceis: autárquicas; presidenciais; Conselho Nacional. (aonde é que isto tudo já vai!)
Mas também não era necessariamente esta a “agenda” do blog. O blog nem tem agenda, vejam lá!
Há momentos em que eu sou como a paródia do Herman: “eu é mais bolos”.

Entendamo-nos: todos temos neste blog visões diferentes de uma série de assuntos. Todos pensamos com independência. Se eu não concordo (por exemplo) com a posição do JA em matéria de Conselho Nacional, digo-lhe isso mesmo. Da mesma forma que concordei com ele em tantas outras coisas. E isto é (julgo eu) válido para todos.
A piada do blog é mesmo essa: podermos ter todos a nossa opinião sobre o que quer que seja, e, pasme-se, podemo-la postar.

Comigo não contem pois para nos apelidarem de “maus perdedores” (seja o que for que estejam a referir-se, eu não perdi nada…). Continuo a dormir descansado.
Não darei para esse peditório. Sinto-me muito mais à frente apesar de até gostar de “estórias” de índios e cow-boys. E cachimbadas, só mesmo as do Capitão Haddock. Para mim não é preciso.

Já agora, se me deixarem falar de vinhos, passeios, gastronomia, economia, inovação e tecnologia, agradeço. O resto virá por acréscimo.
Quem não me quiser ler assim leia só os outros. Têm muito com que se entreter. Assim é que dá gozo.
Disse.

-GLX-

terça-feira, novembro 22, 2005

MERKEL'S MOMENT



The center-right Frankfurter Allgemeine Zeitung devotes space on pages 1, 2 and 3 to Merkel including a long piece taking a closer look at her leadership style. The last nine weeks, the paper points out, have been full of attempts to question her ability to lead. Yet by emerging as chancellor after those nine weeks, the paper argues, she has very definitely proven that ability ... The trained physicist is very good at recognizing and then dealing with the facts with which she is presented and doesn't dwell on what might have been.
Germany's over-the-top tabloid Bild on Tuesday lives up to its shrill reputation via its daily "Post von Wagner" column, a short piece written by crazed-looking columnist Franz Josef Wagner. His piece is directed at Merkel's husband -- well-respected physicist Joachim Sauer -- and wonders, among other absurdities, "how one hugs such a powerful woman." ... It fell to Konrad Adenauer to build the foundation of the republic, Willy Brandt improved relations with the Eastern Bloc, Helmut Schmidt guided the country through the terrorism if the RAF and Helmut Kohl reunited Germany. Merkel too could add her name to that prestigious list (a list from which Gerhard Schröder is missing) by bringing eastern and western Germany closer together ... "Merkel has the tenacity and the strength a chancellor needs to do what's necessary, even if it is difficult."
The center-left Süddeutsche Zeitung says that "there is no optimism, much less joy, to be felt as the grand coalition takes over the government." That has to do with the two huge hurdles facing the coalition. The first is the need to balance the budget, "which would be easier if a majority of citizens saw it as a collective problem rather than as one solely of the country's politicians." The second hurdle is the mistrust within the coalition itself.
In the conservative daily Die Welt next to the spread is an editorial entitled "Merkel's Moment." She is not, the paper argues, to be envied for the task that she now faces. "The country is ill from problems that several governments caused, managed and ignored. The situation facing Merkel is less complicated than the detail-obsessed public debate makes it seem."
The financial daily Handelsblatt focuses on the new leadership style that Merkel will bring to Berlin. "For too long under Gerhard Schröder, the belief in miracles set the tone in Berlin. With Merkel, one can hope for solid competence that is based on reality" ... But in addition to being less flashy than Schröder, she is also very good at realpolitik. "Her political style in the recent power struggles has resembled that of a judo fighter: Her opponents -- most recently Edmund Stoiber -- have fallen by virtue of their own momentum."
The Financial Times Deutschland chooses to ignore Merkel preferring instead to focus on the grand coalition of which she is now the head. It points out that Merkel is making Spartan savings its advertising slogan. But if it is not accompanied by a larger, strategic plan, the overall success of Merkel's government is doubtful. "Questions of structure have remained taboo. Instead, the only goal seems to be squeezing as much money as possible out of the existing structures."
-MB-

segunda-feira, novembro 21, 2005

TV GUIA


Permita-nos uma sugestão televisiva: Vai na CNN, uma série de programas interessantíssimos acerca dessa grande democracia asiática que é a Coreia do Norte.
Reconhecido apaixonado pelas virtudes do regime profundamente democrático instaurado por esse defensor da liberdade Kim Il-sung, e mantido pelo seu filho Kim Jong-il, não podíamos deixar de recomendar vivamente, ainda que em horário de reposição, estes programas.
Aguardamos a qualquer momento a sua veemente condenação a este tipo de trabalho jornalístico, claramente enviesado por uma leitura imperialista e capitalista da realidade, cujo objectivo primeiro é o de mistificar perante a comunidade internacional as conquistas e a liberdade democrática em que vivem os norte coreanos.
-MB-

sexta-feira, novembro 18, 2005

ESTRELA DA MANHÃ

Foi-se a temperança e o bom gosto.

Sobra o bom gosto, a delicadeza, e a elegância. Muito pouco, portanto.

Cá de casa, não se deseja outra coisa que não uma carreira a solo cheia de sucessos, ou a entrada imediata para um qualquer hit-parade da blogosfera.

-MB-

quarta-feira, novembro 16, 2005

NÃO FALTE



António Borges e Daniel Bessa são os convidados principais de mais uma sessão das Noites à Direita*Projecto Liberal, com a moderação de António Pires de Lima.
Depois da aprovação do Orçamento de Estado para 2006, vamos ouvir quem sabe da matéria e pode ajudar a compreender o que está em causa. Mas não ficaremos por discussões técnicas, porque o que realmente interessa são as políticas, a Política e, sobretudo, o futuro de Portugal.

Numa conversa aberta a todos, António Borges e Daniel Bessa serão convidados a debater o que está em causa para o presente e para o futuro económico e político do nosso País: até onde deve ir a intervenção do Estado na Economia; será possível conseguir desenvolver o País com a actual Constituição, ou é obrigatória a sua revisão; será que o modelo social está totalmente esgotado ou é ainda reformável; como é possível combater o défice e o desemprego, aumentando a produtividade; que reformas e privatizações são essenciais; e qual deve ser o papel de Portugal numa economia cada vez mais globalizada.

Hoje, pelas 20h30, na Sociedade de Geografia, junto ao Coliseu de Lisboa.

Não Perca. Você é o nosso convidado principal.
__________

Os promotores das "Noites à Direita*Projecto Liberal":
António Pires de Lima, Leonardo Mathias, Luciano Amaral, Filipa Correia Pinto, Manuel Falcão, Paulo Pinto Mascarenhas, Pedro Lomba e Rui Ramos

-FCP-

segunda-feira, novembro 14, 2005

NÃO HÁ COINCIDÊNCIAS (II)



Don Quijote de la Mancha
de Miguel de Cervantes Saavedra

Capítulo VIII: Del buen suceso que el valeroso don Quijote tuvo en la espantable y jamás imaginada aventura de los molinos de viento, con otros sucesos dignos de felice recordación

«En esto, descubrieron treinta o cuarenta molinos de viento que hay en aquel campo; y, así como don Quijote los vio, dijo a su escudero:
-La ventura va guiando nuestras cosas mejor de lo que acertáramos a desear, porque ves allí, amigo Sancho Panza, donde se descubren treinta, o pocos más, desaforados gigantes, con quien pienso hacer batalla y quitarles a todos las vidas, con cuyos despojos comenzaremos a enriquecer; que ésta esbuena guerra, y es gran servicio de Dios quitar tan mala simiente de sobrela faz de la tierra.
-¿Qué gigantes? -dijo Sancho Panza.
-Aquellos que allí ves -respondió su amo- de los brazos largos, que los suelen tener algunos de casi dos leguas.
-Mire vuestra merced -respondió Sancho- que aquellos que allí se parecen no son gigantes, sino molinos de viento, y lo que en ellos parecen brazos sonlas aspas, que, volteadas del viento, hacen andar la piedra del molino.
-Bien parece -respondió don Quijote- que no estás cursado en esto de las aventuras: ellos son gigantes; y si tienes miedo, quítate de ahí, y ponte en oración en el espacio que yo voy a entrar con ellos en fiera y desigual batalla.
Y, diciendo esto, dio de espuelas a su caballo Rocinante, sin atender a lasvoces que su escudero Sancho le daba, advirtiéndole que, sin duda alguna,eran molinos de viento, y no gigantes, aquellos que iba a acometer...»
-MB-
PS: Agora sim, por favor confundir com este post. Passe a imodéstia, bem melhor que drama de índios e cowboys.

NÃO HÁ COINCIDÊNCIAS

Não há coincidências. Apenas pessoas intelectualmente desonestas, e objectivamente mal formadas.
Este post do CAA, prova-o.
Todos temos direito aos nossos ódios de estimação, a intensidade com que os salivamos é que obriga a ter algum bom gosto na escolha do local em que o fazemos.
Já em plena época estival, e por alturas das Jornadas Mundiais da Juventude em Colónia, por aqui, e também ali, se procurou elevar o debate, e replicar a um ataque confrangedor, porque despudoradamente desonesto, do CAA à igreja.
Assim, dado o carácter recorrente do tema e a azia verbal com que é abordado, cuido ser desnecessário um aprofundado contraditório. Não que o tema não justificasse nova e aturada réplica. No entando, é manifestamente impossível manter um debate estimulante com fanáticos.
Resta, com pena, constactar que de facto não há coincidências - apenas pessoas intelectualmente desonestas, e objectivamente mal formadas.
-MB-
PS: Não confundir com este post. Aqui em casa, de Cervantes apenas apreciamos as obras, não lhe encarnamos os personagens.

sexta-feira, novembro 11, 2005

COMPAL VENDIDA

Nos últimos tempos, muito se tem falado da venda da Compal.
Seja por razões económicas, seja por razões políticas.
Daí ser este o momento de perguntar: e agora APL?
-AB-
P.S. Este post já tinha sido escrito a semana passada, mas devido aos problemas "técnicos" é agora republicado.

ASSIM SENDO...

Continuemos...

«QUISERAM PARA MINISTRO QUEM EU NÃO QUIS PARA DIRECTOR DE SERVIÇOS»
"O Advogado José António Barreiros quebra um silêncio de 16 anos e aceita falar sobre como demitiu, em Macau, o actual ministro da Justiça, na sequência de tentativas de pressão sobre um juiz feitas por Alberto Costa.

P: Qual a razão verdadeira por que demitiu Alberto Costa em 1988 do cargo que ele desempenhava em Macau - director dos Assuntos de Justiça?
R: A razão verdadeira é a que está escrita. Achei que estava quebrada a confiança pessoal, profissional e política na pessoa dele e que a Administração Pública de Macau não podia conviver com um tal dirigente, que tinha tido uma "conduta imprópria" como a dele. Isto mesmo face aos critérios de Macau.

P: Mas o governador Carlos Melancia revogou o seu despacho.
R: É verdade, mas não na parte em que o demitia, só na parte em que eu dizia porque o tinha demitido. Foi uma situação única, caricata, mas sintomática. O governador parecia incomodado com o que eu dizia no despacho de demissão.
Mas o que eu escrevi na fundamentação do meu despacho foi a mera cópia do que concluiu o inquérito disciplinar que ele próprio mandou instaurar: que Alberto Costa tinha contactado o juiz, à revelia da tutela, alegadamente para o elucidar sobre os aspectos técnico-jurídicos e económicos do caso; e esclarecimentos que, em seu entender, justificariam uma revisão da sua decisão ou decisões sobre a situação prisional dos arguidos e, eventualmente, a sua cessação e subsequente soltura.
P: E porque haveria o governador de estar incomodado, a ponto de se dar ao trabalho de revogar a fundamentação do seu despacho, mesmo não revogando o despacho?

R: É uma longa história. Mas uma coisa boa resultou para Alberto Costa desta actuação bizarra do governador: que ele, recorrendo para os tribunais administrativos do despacho do governador, que o demitia sem fundamentação, ganhasse a causa, com razão, e fosse contemplado com uma lauta indemnização.
Bem lhe pode agradecer.

P: Mas de que história se tratava?

R: A história que toda a gente veio a conhecer e com a qual ninguém se
incomodou: o processo em causa desembocava, então, nos meandros da aquisição pela empresa Emaudio de uma participação no milionário negócio da televisão de Macau. Ora, se pensarmos em quem eram os sócios da Emaudio, os interessados e os beneficiários no negócio...

P: E quem são?

R: Não me peça pormenores. Tudo isso faz parte de uma história a que ninguém quis ligar, em que todos, hipocritamente, viraram a cara para o lado.
Digamos, o senhor Robert Maxwell, que está sepultado no Monte das Oliveiras, em Israel, e os seus amigos portugueses. Grandes amigos e amigos grandes.

P: Envolvendo...

R: Envolvendo quem estava no negócio e todos aqueles que tinham a obrigação de se terem preocupado com essas e outras questões que vieram a seguir e que as deixaram passar em claro, mesmo quando foram escândalo público. Eles estão aí."
De «O Independente» de 29 de Outubro.
-MB-

quinta-feira, novembro 10, 2005

GREAT REOPENING

Parece, Miguel, que os nossos queridos leitores vão poder voltar à nossa companhia.
O mesmo não deve poder dizer-se dos demais membros da família, mas paciência.
Parece mesmo que vamos ter de ser nós a fazer as despesas da conversa. Eles depois que não se queixem!

-FCP-

TESTE

FCP

VOLTAMOS JÁ

Não bastasse a menor regularidade de alguns dos escribas cá da casa, temos agora sérias dificuldades técnicas na manutenção deste blog.

De difícil diagnóstico, a coisa, apresenta os seguintes sintomas: aparenta ter atingido um limite para o nº de posts. Sendo que até este post é capaz de publicar o blog, mas se acrescentarmos mais algum, o servidor já nao publica o blog, e apresenta a seguinte mensagem «There are errors in your blog» - coisa que em muito nos ajuda, uma vez que ainda não nos tinhamos apercebido de tal facto. Acresce o facto de não percebermos porque é que ao abrir o edepoisdoadeus, aparecem aquelas janelas de redireccionamento da ligação para uma página segura...
Alguma das almas caridosas que, não obstante a fraca produção literária do último mês, ainda por cá vá passando, é conhecedora do diagnóstico de tão estranha maleita? E, mais importante, qual o "receituário a aviar", para tratar da saúde à criança?~
Em nome de toda a Família: Obrigadinhos!